QUE A VERDADE SEJA DITA, OU CONTIDA?

Recentemente postei uma frase no Facebook, que dizia: "Se alguém te perguntar por que você está engordando, responda: Porque eu passo meu tempo livre comendo, não cuidando da vida dos outros."

Antes de partimos para a mensagem desse post, precisamos voltar ao início de tudo...

Sempre fui uma garota magra, de corpo esquelético. Minha família inteira era assim, então era de esperar que eu também fosse. Mas puxei a genética da família do meu pai, onde tem algumas pessoas acima do peso. Então, tinha uma possibilidade de engordar.

Nunca fui 'a louca' da balança, sempre me contentei comigo mesma. Até que um dia, eu noivei. E a partir daí, passei a ter que lidar com o estresse e ansiedade que o planejamento de um casamento nos oferece.

Durante meu noivado, desenvolvi transtorno de ansiedade, e no meu caso, o apetite aumentou, e muito! Parecia que eu tinha ficado horas sem comer, quando na verdade, tinha comido há uma hora atrás. Juntando o desemprego e outros fatores, descontei tudo na comida. E em 10 meses, engordei 13 quilos, pasmem!

No início, estava feliz. A vida inteira fui magrinha, então estava curtindo ter pernas e bunda [risos]. Minhas roupas vestiam melhor, e eu estava com minha auto estima muito boa.

Até começar a surgir a temida barriguinha. E foi aí que comecei a me preocupar.

Mas o pior de toda essa fase, foram os comentários que escutei, referente ao meu aumento no peso: "Você está grávida? Ta parecendo", "Não vai caber no vestido, hein!", "Oh gordinha!", "Nossa menina, como você come!", "Vai precisar alugar outro vestido desse jeito", e por aí vai.

Isso foi me magoando, e quanto mais triste eu ficava, mais eu comia, e consequentemente, engordava.

Com toda essa história, cheguei a conclusão que as pessoas que fizeram esses comentários, precisam ter um pouco mais de empatia!

Esses comentários não deviam ser ditos a ninguém! E nem sequer deviam perguntar o porquê da pessoa estar engordando.

Não se diz a alguém que ele (ela) está engordando. Como também não se diz o quanto ela (ele) envelheceu, ou até mesmo se pergunta sobre o salário que recebe ou o quanto pagou em certo objeto.

Muito menos, se você não for íntimo da pessoa. Aí é o cúmulo!

Ser curioso, pode nos ajudar a desbravar o mundo e descobrir novas possibilidades. Mas quando em excesso, pode dar um empurrãozinho na depressão alheia, fazer com que a pessoa atingida por sua curiosidade entre mais fundo no poço, te deixar com má fama, te afastar de muita gente e destruir qualquer resquício de educação que exista em você.

Como diz naquela frase: quem fala o que quer, ouve o que não quer!

Aqui vai meu recado para você que diz que estou gorda: já se olhou no espelho hoje? Se meu defeito é estar gorda, qual seria o seu?

'Semancol' faz bem, e não mata nem de overdose!

Mais empatia, por favor!

Fiquem bem, xoxo. Ingrid Casaroto.